APRENDA ESSA ESCALA E IMPROVISE NA VIOLA CAIPIRA
Saudações a você, professor Alex Stocco e a prosa aqui é sobre viola caipira. Hoje eu preparei uma aula para te explicar sobre uma escala muito famosa que vai te ajudar a criar improvisos, criar contra cantos, além de você também poder usá-la para fazer passagens de acordes. Não fica só nisso, eu vou te explicar também como você pode aplicar essa escala, e além de tudo isso, você vai saber o que está fazendo dentro da música…Bora?
ESCALA PENTATÔNICA
Bem, a escala que vamos usar para iniciarmos o nosso improviso é a escala de dó sustenido menor. Mas por que essa escala professor? Vejamos, a escala de dó sustenido menor é relativa da escala de mi maior, ou seja, são as mesmas escalas só que a primeira parte da nota dó sustenido e a segunda parte da nota mi. Mas esse assunto teórico não é preciso ser abordado nessa aula.
Antes de conhecermos a escala é importante que você saiba que a escala pentatônica, como o nome já diz, possui apenas cinco notas, isso vai ajudar para que o nosso improviso fique mais harmonioso. Dito isso agora é a hora de conhecermos a escala:
Para que você memorize essa escala com mais facilidade, proponho que você posicione os dedos um, dois, três e quatro da mão esquerda na segunda, terceira, quarta e quinta casa do braço da viola, então as notas que estão na segunda casa você deverá tocar com o dedo 1, as da terceira casa com o dedo 2, as da quarta casa com o dedo 3 e as notas que estiverem na quinta casa com o dedo número 4:
Pratique a escala descendo e subindo várias e várias vezes até que você fique com ela “na ponta dos dedos”. Depois que você estiver visualizando as notas da escala automaticamente você poderá variar a colocação e até usar ligados ou arrastes.
APLICAÇÃO DA ESCALA – PRIMEIRO EXEMPLO:
Agora que você já está com a escala “na ponta dos dedos” vou te explicar como você pode aplicá-la para enfeitar a troca de acordes. Nesse exemplo vou usar o ritmo do caterete lento, e antes de que eu me esqueça, os acordes que usaremos são todos do campo harmônico de mi maior. Comece tocando as quatro primeiras notas da escala e em seguida entre no ritmo com o acorde de mi maior:
Vamos tocar sempre de quatro em quatro notas, são que agora você deverá tocar da segunda nota da escala entrando no ritmo fazendo o acorde de fá sustenido menor:
Em seguida, sempre trabalhando de quatro em quatro notas, vamos sair da terceira nota da escala e entraremos no ritmo no acorde de sol sustenido menor:
Eu acho que você já deve estar entendendo a ideia, bem, seguimos, agora vamos tocar saindo da quarta nota da escala e começaremos o ritmo no acorde de lá maior:
Em seguida saímos da quinta nota da escala e vamos entrar no ritmo tocando o acorde de si com sétima:
Para finalizarmos essa sequência fazemos um arraste no primeiro par da casa dois para a casa quatro e voltamos três notas voltando no ritmo com o acorde de mi maior:
Se você praticar dessa forma vai perceber que a sonoridade da escala combina exatamente com a sonoridade dos acordes, e depois de algum tempo de estudo você também poderá usar a sua criatividade para “brincar” com essa escala.
APLICAÇÃO DA ESCALA – SEGUNDO EXEMPLO:
A aplicação dessa escala pode ser adaptada para qualquer ritmo ou estilo de música na viola, vamos ver como poderíamos improvisar num pagode de viola por exemplo. Vamos usar a mesma ideia de antes, só que antes de tocarmos as notas da escala vamos primeiramente tocar o quinto par e o quarto par soltos, um de cada vez, depois saia tocando da primeira nota da escala parando na sétima nota e entrando no ritmo no acorde de si com sétima:
Agora vamos fazer um arraste no primeiro par da casa dois para a casa quatro e voltamos seis notas da escala, vamos voltar com o ritmo fazendo novamente o acorde de mi maior:
Preste muita ATENÇÃO agora. Toque o quinto par solto, em seguida o segundo par solto, agora toque a casa quatro no quarto par, a terceira casa no terceiro par, toque novamente o segundo par solto, volte tocando o quarto par na quarta casa, o terceiro par na terceira casa, o segundo par novamente e volte para o ritmo no acorde de fá sustenido menor, depois faça o acorde de si com sétima:
OBS: Perceba que as notas soltas NÃO estão marcadas na escala, por isso muita atenção nesta hora. Os pares soltos são as notas si, cujas pertencem a essa escala e estão sendo usadas assim para melhor preencher o nosso solo.
E agora para finalizar fazemos o mesmo arraste de antes saindo no primeiro par da casa dois para a casa quatro e voltamos a escala até a casa três no terceiro par, voltando com o ritmo no acorde de mi maior.
CONCLUINDO:
Bem, como eu já falei anteriormente, procure decorar a escala e tenha ela primeiramente “na ponta dos dedos”, somente dessa forma você irá conseguir fazer bons improvisos. Não deixe de praticar a escala com os dedos corretos, essa é a melhor maneira de você começar a criar independência no instrumento. Depois disso é só usar a sua criatividade para expressar as suas ideias.
Se você ficou com alguma dúvida, deixe nos campos dos comentários que eu estarei te respondendo. Caso você queira compartilhar qual está sendo a sua maior dificuldade no aprendizado da viola caipira escreva, que possivelmente eu poderei estar criando algum conteúdo nesse sentido para te ajudar. Se gostou, compartilhe esse artigo, assim, você poderá estar ajudando pessoas que também gostam desse tipo de conteúdo – Um forte abraço e boas violas!
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